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Edição Especial Smartphones
Os aplicativos foram os principais protagonistas da edição 2010 do Mobile World Congress e ganharam um pavilhão inteiramente dedicado. O App Planet, como foi chamado, recebeu mais de 20 mil visitantes, pouco menos da metade do total que compareceram à feira, apresentou as novidades de 140 empresas do mundo todo.
Esses programas começaram a ganhar importância com o lançamento do iPhone, que passou a oferecer um universo de diferentes aplicações para celular. Hoje, a Apple Store, a maior dentre as lojas virtuais de aplicativos, conta com mais de 150 mil opções - e recentemente superou a marca de 3 bilhões de downloads. No Brasil, além da Apple Store, a Blackberry conta com uma boa base de aparelhos e também oferece muitas opções para o seu fiel público concentrado no nicho corporativo. E este ano deve crescer no Brasil o uso do Android Market, loja dedicada aos smartphones do Google. Mais inovação e fragmentação à frente!
Para Roberto Muller, diretor de negócios da Mobimarket, os aplicativos são uma tendência de longo prazo. "Basta observar o Google, que não só lançou um sistema operacional para smartphones que vem para concorrer com o iPhone, além de lançar um aparelho com sua marca, o Nexus One", explica, para depois analisar outro ponto fundamental da questão, os aplicativos de publicidade. "Os banded apps representam uma grande oportunidade para ambas as partes. Para a marca, é uma forma direta de relacionamento com o seu consumidor, com a oferta de informação, vantagens e fortalecendo o vínculo; para o consumidor, é uma canal gratuito e confiável que traz soluções que ele mesmo buscou – afinal, cabe a ele escolher, baixar e usar o aplicativo."
Por sinal, na loja virtual do Android, já encontramos alguns aplicativos de marcas, como o Itaú Mobile, que permite aos clientes do banco acessar a conta corrente para realizar consultas e operações, além de localizar agências e caixas eletrônicos por meio do Google Maps.
Mas a proporção que o mercado de aplicativos tomou faz com que o consumidor se torne cada vez mais exigente, mesmo com relação aos programas gratuitos. Não basta apenas ter um visual incrível, é preciso que o aplicativo ofereça serviços e conteúdos relevantes. "Aplicativos de marca que não têm utilidade ou relevância tendem a gerar o efeito contrário ao desejado: o usuário se frustra ao notar que o app não tem utilidade, apaga e fica com uma impressão ruim da experiência que teve, associando isso com a marca", ressalta Muller. "Já os aplicativos criados para oferecer conteúdo relevante tendem a se firmar e contribuir muito para as marcas que neles investem."
No Brasil, já encontramos alguns cases notórios dessa relação sucesso/serviços. O localizador de agências do Bradesco lança mão de recursos de realidade aumentada combinado com o GPS para indicar os pontos de atendimento mais próximos e ou rotas para chegar até determinado ponto. Já a Tecnisa confirmou recentemente a venda de seu primeiro imóvel cuja negociação foi gerada pelo seu aplicativo para iPhone. Através o programa, o usuário faz buscas de imóveis, pode informar-se sobre detalhes das unidades disponíveis e entrar em contato com a central de atendimento. E o McDonald´s e o Habib´s inauguraram aqui o segmento do delivery mobile, que nos Estados Unidos já está bastante disseminado - os pedidos são feitos via smartphone, o aplicativo identifica a localização do usuário para a realização da entrega, sem a necessidade de ligar para a loja.
A curva de investimentos nos aplicativos deve continuar subindo, acompanhando o crescimento das vendas de smartphones. Além disso, o surgimento do Android, sistema operacional desenvolvido pelo Google, amplia ainda mais o espectro do público que pode ser atingido por esse tipo de marketing, como explica Muller. "A demanda por Android ainda não é tão grande como a de iPhone, que segue como a primeira opção de muitas marcas para o ingresso no universo de aplicativos mobile. Mas as marcas começam a descobrir e incluí-lo nas demandas – especialmente as marcas que buscam atingir um público mais antenado, do tipo early adopter."